domingo, 8 de novembro de 2009

Já se encarou de frente? O que você viu?


Garoa, céu nublado, dia típico em São Paulo. Esses dias em que dá preguiça de sair pra explorar a cidade fico da janela olhando, por uma pequena fresta entre dois prédios, um pedacinho da Av. Paulista. Muitas pessoas sozinhas passam pra lá e pra cá.  Isso me faz questionar: que tipo de motivação leva alguém, como eu, a viver longe de sua família?  Tem várias respostas, mas essencialmente todas elas estão ligadas a uma necessidade pessoal de encarar desafios. Sem sombra de dúvida, esse é o fator decisório que permeia os demais motivos. É um traço de personalidade que une os aventureiros e desafiadores de seus próprios limites e, claro, os próprios sentem as emoções de suas escolhas. Curiosamente, essas emoções tornam-se infinitamente maiores, fora de nosso ambiente: a alegria é mais alegre e a tristeza é mais triste - no geral tudo é mais intenso. Talvez o maior desafio de todos seja conviver com você mesmo: já se encarou de frente? O que você viu? Já desafabou um dia de cão ou comemorou uma enorme felicidade com você mesmo? Não é tão ruim quanto parece, podem acreditar.
Tem também o outro lado: quanta gente não queria viver um tempo sozinho? Quanta gente não tem tempo de olhar e cuidar de si mesmo? Quanta gente queria um pouco de silêncio? A verdade é que não se pode mesmo ter tudo na vida. Quem diz ter conseguido, na verdade abriu mão de algumas coisas pra se dizer completo - o que é uma boa alternativa.  Quem não está disposto a escolher, trava no meio do caminho. O importante é colocar o resultado de suas escolhas numa balança, onde um lado são as coisas boas e do outros as ruins: se o lado bom pesar mais, é porque está no caminho certo. Então, alegre-se e siga em frente! Ahh, e respira, bem fundo, como sempre digo.... tá tudo tranquilo!