terça-feira, 16 de agosto de 2011

As reflexões propostas por Sushi

Sushi é o mais novo integrante da casa. É um peixinho Betta da família dos Anabantídeos, originário da Tailândia. O nome vem de uma tribo de índios, onde os guerreiros eram chamados de "Bettahs". Bacana, não? Já seu nome "Sushi" veio de uma inspiração momentânea do Daniel, meu namorado,  que estava ao meu lado e o viu com outros olhos! Sushi tem enfrentado diversos apuros desde sua chegada àquela festa até o presente momento (ele foi o enfeite da mesa - aquele que a gente pode levar para casa).  Hoje, ele deveria experimentar o seu primeiro dia de sossego, não fosse a diarista removê-lo para cá e para lá durante a limpeza da casa. Fazendo uma retrospectiva, desde sábado, ele não está muito animado, não quer comer e se jogou de uma altura de aproximadamente 1 metro - mais precisamente da pia ao chão - enquanto eu tirava as pedrinhas azuis de seu aquário. Sim, porque eu diagnostiquei que sua falta de ânimo vinha das pedrinhas que competiam com ele na cor e ainda soltavam partículas na água, podendo intoxicar o pobre Sushi.  Teria ele tentado o suicídio ou foi um grito de "me deixe e paz"?  Será que simplesmente ele é quieto e eu fico tentando encaixá-lo em meu modelo de peixe ideal - assim como fazemos com os homens?
A verdade é que aquele pulo me fez pensar nas pessoas que vivem apertadas, cheias de pedras no caminho e atormentadas. Me fez pensar que às vezes queremos ajudar, mas acabamos por sufocar, atrapalhar e até enlouquecer o outro. E ainda nas pessoas que estão a ponto de explodir e "se jogar da pia". Também pensei sobre a armadilha que é ter um modelo sobre as coisas, as pessoas e os animais.  
Enfim, que os espíritos dos guerreiros Bettahs ajudem o Sushi a superar esse momento. E que ele me perdoe se o problema realmente não for as pedras azuis! Prometo que tentarei deixá-lo em paz.