sexta-feira, 28 de maio de 2010

O Joe Bennett de Lipstick Jungle

Lipstick Jungle é uma divertida comédia dramática, que segue a vida de três amigas quarentonas da alta sociedade e seus problemas profissionais e pessoais. Com muito humor, essas modernas mulheres se apóiam nos triunfos e nas lágrimas para vencer na Big Apple americana. A série conta a história de Nico Reilly (Kim Raver), uma editora-chefe da revista de moda "Bonfire Magazine" que precisa lidar com problemas no casamento, Wendy Healy (Brooke Shields), uma executiva cinematográfica que vê que seus esforços parecem não ser suficientes para conciliar carreira e família, e Victory Ford (Lindsay Price), uma designer que quer realizar seus sonhos e, talvez, encontrar o cara certo para namorar.
Joe Bennett é um dos personagens incríveis da série. Trata-se de um homem que não mede esforços para conquistar a Victory. Tudo bem que o fato dele ser um milionário ajuda nas loucuras que faz, mas, essencialmente, o que o torna admirável é o fato de pensar nela como uma princesa e fazer de tudo para confortá-la e assistí-la em todos os momentos. Ele tem programações de entretenimento incríveis para os dois, e um excelente senso de humor. É um homem que faz o seu papel e não espera que a mulher resolva tudo sozinha. Talvez seja até um pouco machista, mas diante da segurança que ele transmite, tudo se equilibra. Não dá para dizer que é perfeito, mas certamente, trata-se de boa parte do sonho dourado de muitas mulheres, no que diz respeito ao homem ideal.
Vale a pena conferir, mas mantenham os pés no chão. Homens modelo Joe Bennett não existem no mundo real. 

sábado, 22 de maio de 2010

Voando e pensando

Uma coisa mudou nas viagens um pouco mais demoradas: começo a sentir saudades de São Paulo não mais pelos meus livros e séries, mas pela cidade e pelas pessoas que conheci por lá.A grande vilã de pedra começa a se revelar boa anfitriã,  num esforço simpático de me aceitar e me guiar pela curiosa diversidade cultural que oferece. Em serenata, nos diversos momentos em que passei debruçada na janela com os olhos sobre a Av. Paulista, cantava: "aprende depressa a chamar-te de realidade...porque és o avesso, do avesso, do avesso, do avesso." Não tão depressa, porém, gradativamente, começo a entender e aceitar a realidade na qual se referia...E continuarei compartilhando com vocês.

Esse post foi escrito no vôo TAM das 19:25, do dia 21/05/10, trecho Brasília/Rio de Janeiro.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Texto sem nexo

Em tempos de paz comigo mesma e com a nova cidade finalmente me acolhendo, sigo tentando assimilar corretamente tudo o que acontece à minha volta.  E, quanto mais observo as pessoas e seus emaranhados de sentimentos - confusos, nobres, pequenos, curiosos e dispares, menos as entendo. Por que será tão difícil manter uma linha única entre pensamento e conduta? Quem está ditando as regras e quem está com o martelo? Será tão difícil entender que a natureza humana, por si só, propõe um mínimo de esquizofrenia e loucura? E que a correria do dia-a-dia não nos deixa ver o que há de mais bonito à nossa volta?  Decidi relaxar, observar os detalhes, falar com as pessoas e olhar em seus olhos. Resolvi me perdoar por meu dia não ter quarenta horas, por só conseguir fazer uma coisa de cada vez, por errar, por agir por carência, por não saber e por sonhar demais. E resolvi viver...intensamente.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Quem me dera, ao menos uma vez...


Índios
Legião Urbana - Composição: Renato Russo

Quem me dera
Ao menos uma vez
Ter de volta todo o ouro
Que entreguei a quem
Conseguiu me convencer
Que era prova de amizade
Se alguém levasse embora
Até o que eu não tinha
Quem me dera
Ao menos uma vez
Esquecer que acreditei
Que era por brincadeira
Que se cortava sempre
Um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda
Quem me dera
Ao menos uma vez
Explicar o que ninguém
Consegue entender
Que o que aconteceu
Ainda está por vir
E o futuro não é mais
Como era antigamente.
Quem me dera
Ao menos uma vez
Provar que quem tem mais
Do que precisa ter
Quase sempre se convence
Que não tem o bastante
Fala demais
Por não ter nada a dizer.
Quem me dera
Ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto
Como o mais importante
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente.
Quem me dera
Ao menos uma vez
Entender como um só Deus
Ao mesmo tempo é três
Esse mesmo Deus
Foi morto por vocês
Sua maldade, então
Deixaram Deus tão triste.
Eu quis o perigo
E até sangrei sozinho
Entenda!
Assim pude trazer
Você de volta pra mim
Quando descobri
Que é sempre só você
Que me entende
Do iní­cio ao fim.
E é só você que tem
A cura do meu vício
De insistir nessa saudade
Que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.
(...)